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ABL lança o livro “Joaquim Nabuco, correspondente internacional”

 

A Academia Brasileira de Letras acaba de lançar, em coedição com a Global Editora, o livro “Joaquim Nabuco, correspondente internacional”, em dois volumes que reúnem seus textos enviados do exterior para os jornais brasileiros no período de 1882 a 1891. A organização é dos Acadêmicos José Murilo de Carvalho e Cícero Sandroni, e do Sócio Correspondente Leslie Bethel.

De acordo com os organizadores, são muito bem conhecidos os escritos de Joaquim Nabuco referentes à campanha abolicionista, à biografia do pai e à sua própria memória. Reconhecem que alguma coisa se leu de seus artigos de imprensa, mas afirmam que nada se sabe, no entanto, sobre sua atuação como correspondente internacional de jornais brasileiros: “Trata-se de vasta e rica produção, até hoje inédita, em livro. Esta publicação em dois volumes, promovida pela Academia Brasileira de Letras em coedição com a Global Editora, vem preencher a lacuna, realizando, aliás, o desejo do próprio Joaquim Nabuco registrado em seu Diário, em 1894, mas nunca realizado”, dizem os organizadores na orelha do livro.

Necessidades de sobrevivência forçaram Joaquim Nabuco, segundo os responsáveis pela organização da obra, a aceitar o trabalho de correspondente quando, em Londres, fazia propaganda abolicionista ou se refugiava de perseguições republicanas. Escreveu principalmente para o Jornal do Commercio, de Júlio Villeneuve, então a folha de maior prestígio no país; para O Paiz, cujo redator-chefe era o republicano Quintino Bocaiuva; para o Jornal do Brazil, órgão monarquista de Rodolfo Dantas; e para o La Razón, de Montevidéu. Foram ao todo 300 correspondências, a grande maioria escrita a partir de Londres, mas também de Roma e Buenos Aires. Joaquim Nabuco foi, talvez, o primeiro correspondente internacional de nossa imprensa.

Saiba mais

O autor

Joaquim Nabuco (1849-1910) ficou conhecido, sobretudo, por sua tenaz luta contra a escravidão. Em 1905, foi nomeado primeiro embaixador brasileiro em Washington, posto que ocupou até a morte. Escreveu livros que se tornaram clássicos, como O Abolicionismo, Um estadista do Império e Minha formação. Foi um dos fundadores da ABL em 1897, e eleito como o primeiro secretário-geral. Ao lado do Parlamento, dos teatros e das ruas, a imprensa foi uma das principais arenas de combate deste homem visto até hoje como um dos principais intelectuais brasileiros de todos os tempos.

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16/10/2013

16/10/2013 - Atualizada em 15/10/2013