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ABL lança, em dois volumes, o livro “Joaquim Nabuco, correspondente internacional”

 

A Academia Brasileira de Letras lançou no dia 28 de novembro, quinta-feira, o livro, uma coedição com a Global Editora, Joaquim Nabuco, correspondente internacional, em dois volumes que reúnem seus textos enviados do exterior para os jornais brasileiros no período de 1882 a 1891. O evento teve, ainda, às 17h30min., mesa-redonda com os organizadores do livro, os Acadêmicos José Murilo de Carvalho e Cícero Sandroni e o Sócio Correspondente Leslie Bethel.

De acordo com eles, são muito bem conhecidos os escritos de Joaquim Nabuco referentes à campanha abolicionista, à biografia do pai e à sua própria memória. Reconhecem que alguma coisa se leu de seus artigos de imprensa, mas dizem que nada se sabe, no entanto, sobre sua atuação como correspondente internacional de jornais brasileiros: “Trata-se de vasta e rica produção, até hoje inédita, em livro. Esta publicação em dois volumes, promovida pela Academia Brasileira de Letras em coedição com a Global Editora, vem preencher a lacuna, realizando, aliás, o desejo do próprio Joaquim Nabuco registrado em seu Diário, em 1894, mas nunca realizado”, afirmam na orelha do livro.

Necessidades de sobrevivência forçaram Joaquim Nabuco, segundo os responsáveis pela organização da obra, a aceitar o trabalho de correspondente quando, em Londres, fazia propaganda abolicionista ou se refugiava de perseguições republicanas. Escreveu principalmente para o Jornal do Commercio, de Júlio Villeneuve, então a folha de maior prestígio no país; para O Paiz, cujo redator-chefe era o republicano Quintino Bocaiuva; para o Jornal do Brazil, órgão monarquista de Rodolfo Dantas; e para o La Razón, de Montevidéu. Foram ao todo 300 correspondências, a grande maioria escrita a partir de Londres, mas também de Roma e Buenos Aires. Joaquim Nabuco foi, talvez, o primeiro correspondente internacional da imprensa brasileira.

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Joaquim Nabuco

Joaquim Nabuco (J. Aurélio Barreto N. de Araújo), escritor e diplomata, nasceu em Recife, Pernambuco, em 19 de agosto de 1849, e faleceu em Washington, Estados Unidos, em 17 de janeiro de 1910. Compareceu às sessões preliminares de instalação da Academia Brasileira de Letras e fundou a Cadeira 27 (ocupada sucessivamente por Dantas Barreto, Gregório da Fonseca, Levi Carneiro, Otávio de Faria e o atual, Eduardo Portella), que tem como patrono Maciel Monteiro. Designado secretário-geral da Instituição na sessão de 28 de janeiro de 1897, exerceu o cargo até 1899 e de 1908 a 1910. Ficou conhecido, sobretudo, por sua tenaz luta contra a escravidão. Em 1905, foi nomeado primeiro embaixador brasileiro em Washington, posto em que trabalhou até a morte. Escreveu livros que se tornaram clássicos, como O Abolicionismo, Um estadista do Império e Minha formação. Ao lado do Parlamento, dos teatros e das ruas, a imprensa se constituiu numa das principais arenas de combate do Acadêmico, visto até hoje como um dos mais importantes intelectuais brasileiros de todos os tempos.

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29/11/2013

24/11/2013 - Atualizada em 24/11/2013