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Artigos

  • Quem está fazendo a diferença

    Jornal de Brasília (DF), em 17/12/2006

    Tive a alegria de participar – com o músico Quincy Jones, o ex-presidente da Suíça Adolf Oggi, a primeira-dama da África do Sul Zanele Mbeki, e a alta comissária das Nações Unidas, Sadako Ogata – da criação e da diretoria da Fundação Schwab. Concebida por Klaus e Hilde Schwab, o objetivo é apoiar pessoas que, com idéias originais e revolucionárias, estão tentando (e conseguindo) fazer deste mundo um lugar melhor.

  • Marte sobre Escorpião

    Jornal do Commercio (RJ), em 22/11/2006

    Deu-se que, folheando uma revista estrangeira, tomei conhecimento de que em Campione, na Itália, os cobras dos cobras em matéria de astros estiveram reunidos numconvescote científico e moral. Li as conclusões a que chegaram os doutos - e cito alguns deles: o ex-astrólogo de Fellini, o oráculo da nobreza inglesa,a ex-modelo de Chanel, Elisabeth Tessier Du Cros, a maga famosa na França, por aí afora. Bem verdade que senti falta de Paulo Coelho neste seleção de sábios esotéricos, mas nem tudo é perfeito neste mundo regido por forças além da nossa vã filosofia.

  • O que é a verdade?

    Extra (Rio de Janeiro), em 03/07/2006

    Em nome da verdade, a raça humana cometeu os seus piores crimes. Homens e mulheres foram queimados. Os que cometiam os pecados da carne eram mantidos à distância. Os que procuravam um caminho diferente eram marginalizados. Um deles, em nome da “verdade”, foi crucificado. Mas, antes de morrer, deixou a grande  definição da verdade, que não é aquilo que nos dá certezas, não é o que nos faz melhor que os outros, não é o que nos mantém na prisão dos preconceitos. A verdade é o que nos faz livres. “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”, disse ele.

  • Vinte anos depois: Francisco

    O Globo (Rio de Janeiro), em 02/07/2006

    Tomo café no terraço do hotel que dá vista para um castelo, um gigantesco castelo neste pequeno vilarejo com apenas algumas casas, na província de Navarra, Espanha. Já é noite, não há lua, estou refazendo de carro minha peregrinação a Santiago de Compostela, para comemorar os vinte anos de quando cruzei este caminho à primeira vez.

  • Conversas e lutas com Deus

    Diário da Manhã (Goiânia), em 02/07/2006

    Em um dos meus livros, O Monte Cinco, o personagem principal rebela-se contra os desígnios de Deus, e não quer mais escutá-lo. Inspirei-me em uma passagem bíblica, quando Jacó luta com Deus dentro de uma tenda, e só o deixa partir depois que Ele o abençoa.

  • História de cachorros

    Extra (Rio de Janeiro), em 01/07/2006

    Marizete Lorenzo conta a história de um caipira que ganhou três cachorros e resolveu levá-los para a fazenda onde vivia. Colocou coleiras e amarrou-os atrás do carro de bois que os levaria até lá. O primeiro cão ia à força, mordia a corda, caía, era arrastado. O segundo resignou-se e seguiu o carro de bois. O terceiro, porém, pulou dentro da carroça, dormiu e chegou descansado ao seu destino. “Quando resistir é inútil, o melhor é adaptar-se. O mais sábio é aquele que consegue tirar proveito das circunstâncias inevitáveis e fazer com que elas funcionem a seu favor”.

  • Nada de desculpas

    Extra (Rio de Janeiro), em 30/06/2006

    Nós vivemos cercados o tempo todo por uma atmosfera de culpa. Nós sempre nos sentimos culpados por tudo o que há de autêntico em nossa existência: por nosso salário, por nossas opiniões, por nossas experiências, por nossos desejos ocultos, por nossa maneira de falar. Nós nos sentimos culpados até mesmo por nossos pais e nossos irmãos. E qual é o resultado prático dessa culpa toda que deixamos tomar conta de nossa vida? Paralisia. Ficamos com vergonha de fazer coisas que sejam diferentes do que as que os outros estão fazendo. Também não queremos frustrar as expectativas que os outros criam em nós. Não expomos nossas idéias e justificamos essa atitude dizendo: “Jesus sofreu, e o sofrimento é necessário”. Esse tio de desculpa não nos redime de nossa paralisia. Não se pode ocultar a covardia de tomar atitudes que realmente precisamos tomar com desculpas, senão o mundo inteiro não segue adiante.

  • O poder das palavras

    Extra (Rio de Janeiro), em 29/06/2006

    Jesus dizia: “Que o seu sim seja sim, e que o não seja não”. Se você assumiu uma responsabilidade, vá até o fim. Mantenha sua palavra, porque ela é preciosa. Cada vez que sua palavra é honrada por seus gestos, ela se torna mais forte. Quando você dignifica sua relação com os outros, dignifica também a relação com você. Os que prometem e não cumprem vivem criando problemas para si mesmos. Perdem o respeito próprio, têm vergonha de seus atos. As pessoas gastam muito mais energia desonrando a palavra do que os honestos gastam para manter compromissos.

  • A esposa furiosa

    Extra (Rio de Janeiro), em 28/06/2006

    A esposa do rabino Iaakov (o Iehud) era uma mulher difícil, que vivia procurando um motivo para discutir. Iaakov nunca respondia. Em certa ocasião, num jantar com amigos, o rabino terminou discutindo ferozmente com a mulher, surpreendendo a todos. “O que aconteceu?”, perguntou um amigo de Iaakov, emendando: “Por que abandonou seu costume de jamais responder?”. Ele respondeu: “Porque percebi que o que mais a perturbava era o fato de eu ficar em silêncio. Agindo assim, eu permanecia distante de suas emoções. Minha reação foi um ato de amor”.

  • História dos ossos

    Extra (Rio de Janeiro), em 27/06/2006

    Havia um rei na Espanha que era conhecido por sua crueldade com os mais fracos. Certa vez, andava com sua comitiva por um campo em Aragon, onde anos antes havia perdido seu pai numa batalha. Ali viu um homem santo remexendo uma enorme pilha de ossos. “O que fazes aí?”, perguntou o rei. “Honrada seja Vossa Majestade”, disse o homem. “Quando soube que o rei de Espanha vinha por aqui, resolvi recolher os ossos de vosso falecido pai para entregar-vos. Porém, por mais que procure, não consigo achá-los: são iguais aos ossos dos camponeses e dos pobres”.

  • Reforma na vida

    Extra (Rio de Janeiro), em 26/06/2006

    Um conhecido meu, por sua incapacidade de combinar o sonho com a realização, terminou com sérios problemas financeiros. Sem poder pagar as dívidas que se acumulavam, chegou a pensar em suicídio. Caminhava por uma rua certa tarde, quando viu uma casa em ruínas. “Aquele prédio ali sou eu”. Neste momento sentiu desejo de reconstruí-la. Descobriu o dono, ajeitaram uma maneira de conseguir tijolos, madeiras, cimento. Sentia que sua vida pessoal ia melhorando à medida que a reforma avançava. No fim de um ano, a casa estava pronta. E seus problemas pessoais solucionados.

  • Eterna insatisfação

    Extra (Rio de Janeiro), em 24/06/2006

    Shantih percorria a cidade pregando a palavra de Deus, quando um homem veio procurá-lo para que curasse seus males. “Trabalhe. Alimente-se. E louve a Deus”, respondeu Shantih. “Acontece que, quando como, minha barriga queima com azia. Quando bebo, minha garganta arde. E quando trabalho, sinto minhas costas doerem com o peso da lavoura”, disse o homem. “Então morra”, disse Shantih. O homem foi embora. Shantih comentou: “Ele tinha duas formas de encarar cada coisa, e escolheu a pior. Quando morrer, deve reclamar do frio dentro do túmulo”.