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Escritor José Paulo Cavalcanti Filho é o vencedor do Prêmio José Ermírio de Moraes/2012

 

O Prêmio José Ermírio de Moraes de 2012, da Academia Brasileira de Letras, foi concedido no dia 27 de setembro ao escritor pernambucano José Paulo Cavalcanti Filho pelo livro "Fernando Pessoa - uma quase autobiografia", volume da editora Record  de 734 páginas nas quais o autor aborda "amores, ofícios, a arte de fingir, seus 127 heterônimos, o gênio e a liturgia do fracasso" do poeta português.

O prêmio, no valor de R$ 80 mil, foi instituído pela família de José Ermírio de Moraes e pelas indústrias Votorantim em 1995.

Roberto Campos, Wilson Martins, Evaldo Cabral de Melo, Cícero e Laura Sandroni, Decio de Almeida Prado, Luiz Felipe de Alencastro foram alguns dos vencedores do prêmio, em anos anteriores.

O Acadêmico Marcos Vilaça, ex-Presidente da ABL, afirmou: "A Academia hoje reconheceu o trabalho de um pesquisador competente e obstinado. É a mais importante biografia de Pessoa, desfazendo equívocos  de décadas  em torno do homem".

Ocupante da cadeira 27 da Academia Pernambucana de Letras, o jurista José Paulo Cavalcanti Filho (Recife, 21 de maio de 1948) é advogado formado pela Faculdade de Direito do Recife. Foi secretário-geral do Ministério da Justiça e Ministro (interino) da Justiça, no governo José Sarney. Foi também Presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), da EBN (depois EBC) e do Conselho de Comunicação Social (órgão do Congresso Nacional), Consultor da Unesco e do Banco Mundial.

No prefácio, Cavalcanti informa:

- Não é um livro para especialistas, por já terem, à disposição, páginas de mais. Que contam seus poemas octossilábicos, ano a ano - três em 1919, seis em 1920, e por aí vai; ou os advérbios de modo usados, equivalentes a 2,94% das frases de sua obra; ou estudam o uso do vocativo nos seus versos; ou examinam cada palavra de Mensagem - após o que se sabe haver, no livro, dez com 13 sílabas; ou sustentam que castelos, espadas, gládios e padrões, expressões nele tão frequentes, seriam símbolos fálicos; ou relacionam o horizonte paradigmático que modifica o buraco negro da luz ofuscante da melancolia de Bernardo Soares com as teorias de um filósofo alemão da Escola de Frankfurt ou com a lituraterra da psicanálise; ou discutem o número de vezes, 125, em que neles aparece a palavra coração.

30/9/2012

27/09/2012 - Atualizada em 26/09/2012