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Artigos

  • O povo nas ruas

    O Globo, em 25/09/2022

    No ciclo de palestras sobre o Bicentenário da Independência, que incluiu uma sessão conjunta com a Academia das Ciências de Lisboa, a Academia Brasileira de Letras, através de palestras de um de seus membros, o historiador José Murilo de Carvalho, e do sociólogo Sérgio Abranches, fez uma a avaliação do peso da participação popular no nosso processo histórico, tanto do ponto de vista das manifestações de rua quanto da ampliação cada vez maior historicamente do eleitorado.

  • 200 anos de Brasil: pouco a celebrar, muito a questionar

    O Estado de S. Paulo, em 01/01/2022

    O Brasil não tem sorte com seus centenários. O primeiro, em 1922, teve de conviver com os restos da devastação causada pela gripe espanhola, chegada ao País em 1918. Calculam-se em cerca de 35 mil as mortes causadas no País, concentradas no Rio de Janeiro e em São Paulo. Entre elas não estava, como se costuma afirmar, o presidente eleito, Rodrigues Alves, embora tenha morrido antes de assumir. O ano de 1922 foi ainda marcado pela primeira revolta tenentista e pela decretação do estado de sítio pelo presidente Epitácio Pessoa, destinada a garantir a posse do presidente eleito, Artur Bernardes.

  • Cidadão doutor

    O Globo, em 26/07/2020

    Os brasileiros sempre tivemos problema com a palavra cidadão, ou com qualquer outra que indique igualdade civil e ausência de hierarquias sociais, como sua irmã gêmea, república. Roberto DaMatta já nos mostrou isso.

  • Munição de guerra

    O Globo, em 18/02/2020

    A década de 1880 teve início agitado na capital do Império por conta da Revolta do Vintém. A agitação estendeu-se por uns três anos liderada, sobretudo, por pasquins que guerreavam contra a grande imprensa e entre si.

  • Separar o joio do trigo

    O Globo, em 20/06/2017

    A Procuradoria-Geral da República está anunciando informalmente uma decisão que deveria ter sido tomada desde o início do processo de investigação da Operação Lava Jato: a separação, para fins de punição, dos políticos que receberam dinheiro de Caixa 2 para financiamento de campanha eleitoral e os demais, que receberam propina, muitos até mesmo usando o Caixa 1 como maneira de limpar a propina nas declarações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

  • 2016

    Folha de S. Paulo, em 18/12/2016

    Em nossa história política, o ano de 2016 ficará provavelmente conhecido pelo impedimento da presidente da República, embora troca de presidentes fora do calendário eleitoral não seja novidade entre nós. 

  • Causas da queda

    O Globo, em 01/05/2016

    A queda na qualidade da representação parlamentar é um fenômeno que se espalha por boa parte dos países da nossa região, avalia o sociólogo Bernardo Sorj, mas há razões específicas ao Brasil que são destacadas pelo historiador José Murilo de Carvalho, da Academia Brasileira de Letras, e pelo cientista político Sérgio Abranches: os reflexos dos 21 anos da ditadura militar que o país viveu.

  • Luz amarela

    O Globo, em 29/10/2015

    As manifestações do general Mourão mudam o cenário. Podem ser sintoma do surgimento do único perigo para nossas instituições, o envolvimento político das Forças Armadas

  • Pedro II, monarca republicano

    Jornal do Brasil (RJ), em 24/11/2007

    Não é por acaso que o livro do acadêmico José Murilo de Carvalho sobre D. Pedro II - Ser ou não ser está tendo enorme repercussão, porque lançado num tempo de tanta corrupção, escândalos e mensalões, justamente o contrário daqueles anos do Segundo Reinado.

  • O ocaso do Império

    Jornal do Brasil (RJ), em 20/12/2006

    Oliveira Viana escreveu O ocaso do Império em 1925, quando a capital da República estava mergulhada em grande controvérsia decorrente da celebração do centenário de nascimento de Dom Pedro II, que jogava monarquistas e republicanos desiludidos contra os velhos republicanos.

  • O Golpe de 64

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 29/03/2006

    Lembro-me bem do golpe de 1964, que depois de amanhã completa 42 anos. Eu era aluno da Faculdade de Ciências Econômicas da antiga Universidade de Minas Gerais e militava na Ação Popular, grupo de esquerda católica. Era grande a politização do mundo estudantil, em consonância com o que se passava na política nacional. Muitos de nós acreditávamos ingenuamente que o País caminhava para o socialismo e queríamos ser parte da jornada. O presidente João Goulart era visto com suspeita, mas julgávamos que o movimento popular, os operários, os estudantes e os camponeses fariam a mudança com ou sem o presidente.

  • qual é o problema dos militares

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 07/09/2005

    Já se passaram 40 anos desde que, sob o impacto do golpe de 1964, escrevi o primeiro texto sobre Forças Armadas e política. Desde então, muita coisa mudou no país e nas minhas preocupações. Em 1964, a pergunta que me fiz foi ''por que não estudamos os militares?'', na suposição de que um maior conhecimento da corporação teria contribuído para evitar o golpe. Hoje, pergunto: ''por que continuar estudando os militares dentro das novas conjunturas nacional e internacional?''.

  • O novo DIP

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 29/12/2004

    Circula no Congresso para discussão e aprovação um projeto do governo que cria o CFJ, Conselho Federal do Jornalismo, e está em debate para ser também encaminhada ao Legislativo uma proposta do MinC de criação da Ancinav - Agência Nacional do Cinema e do Audiovisual. Como indicam os nomes, o primeiro busca regular a atividade jornalística; a segunda, o cinema e as atividades audiovisuais. Muitos dos dispositivos das duas medidas, sobretudo do projeto, soam familiares a quem está, por dever profissional, atento à história nacional.

  • Genocídio racial estatístico

    O Globo (Rio de Janeiro), em 27/12/2004

    Está em andamento no Brasil uma tentativa de genocídio racial perpetrado com a arma da estatística. A campanha é liderada por ativistas do movimento negro, sociólogos, economistas, demógrafos, organizações não-governamentais, órgãos federais de pesquisa. A tática é muito simples. O IBGE decidiu desde 1940 que o Brasil se divide racialmente em pretos, brancos, pardos, amarelos e indígenas. Os genocidas somam pretos e pardos e decretam que todos são negros, afro-descendentes. Pronto. De uma penada, ou de uma somada, excluem do mapa demográfico brasileiro toda a população descendente de indígenas, todos os caboclos e curibocas. Escravizada e vitimada por práticas genocidas nas mãos de portugueses e bandeirantes, a população indígena é objeto de um segundo genocídio, agora estatístico. A não ser pelos trezentos e tantos mil índios, a América desaparece de nossa composição étnica. Restam Europa e África.