Portuguese English French German Italian Russian Spanish
Início > Acadêmicos > Joaquim Serra > Joaquim Serra

Biografia

Joaquim Serra (Joaquim Maria Serra Sobrinho), jornalista, professor, político, teatrólogo, nasceu em São Luís, MA, em 20 de julho de 1838, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 29 de outubro de 1888. É o patrono da cadeira n. 21, por escolha de José do Patrocínio.

Seu pai, Leonel Joaquim Serra, militava na política e no jornalismo, redigindo O Cometa (1835) e a Crônica dos Cronistas (1838), em São Luís. Estudou humanidades na província natal. Entre 1854 e 1858 esteve no Rio de Janeiro para ingresso na antiga Escola Militar, carreira que abandonou, voltando a São Luís. Sem mais a preocupação de ir em busca de um diploma de faculdade, iniciou-se muito moço no jornalismo e na poesia. Seus primeiros escritos (1858-60) saíram no Publicador Maranhense, dirigido então por Sotero dos Reis. Em 1862, com alguns amigos, fundou o jornal Coalizão, que advogava em política o Partido Liberal. Em 1867, fundou o Semanário Maranhense. Foi professor de Gramática e Literatura, por concurso, no Liceu Maranhense, deputado provincial (1864-67), secretário do Governo da Paraíba (1864-67). Ainda residia na província quando foi apresentado literariamente à corte por Machado de Assis numa de suas crônicas do Diário do Rio de Janeiro (24-10-1864). Em 1868, fixou residência no Rio de Janeiro. Fez parte das redações da Reforma, da Gazeta de Notícias, da Folha Nova e d’O País, foi diretor do Diário Oficial (1878-82), do qual, com dignidade, se exonerou por divergir do Gabinete de 15 de janeiro de 1882. 

Deputado geral (1878-81) pelo Maranhão, foi um combatente tenaz na campanha abolicionista, “o publicista brasileiro que mais escreveu contra os escravocratas”, no dizer de André Rebouças. Escreveu também para o teatro, como autor e tradutor. Suas peças, entretanto, ao que parece, nunca foram impressas. Adotou vários pseudônimos: Amigo Ausente, Ignotus, Max Sedlitz, Pietro de Castellamare, Tragaldabas. Alguns dias após seu sepultamento, Machado de Assis enalteceu, numa página, o amigo, o poeta e o jornalista combatente: “Quando chegou o dia da vitória abolicionista, todos os seus valentes companheiros de batalha citaram gloriosamente o nome de Joaquim Serra entre os discípulos da primeira hora, entre os mais estrênuos, fortes e devotados.”